segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A figuraça....


... Paulo Vieira, engenheiro florestal e poeta.

Mas.....


...o que estavamos fazendo lá?
Eu estava acompanhando companheiro Paulo Vieira em uma oficina de Manjo Florestal Comunitário junto aos/ás comunitários/as da RESEX do Lago Cuniã. Mais uma rodada de discussões sobre estq que é uma temática emergente na região e que o IIEB está articulando. Foram dois dias de oficina bem participada e bastante interessante onde pudemos aprender muito sobre o modo de vida e interação com a floresta daquele povo.
Foi bastante interessante e fiquei bem entusiasmado com as possibilidades que se desenham com as populações tradicionais daquela região.

No lago do Cuniã


Pois é....
A comunidade de Cuniã é uma das que compõem a RESEX do Lago do Cuniã. Criada há dez anos, a UC criada era de proteção integral, sendo que a uta dos/as moradores/as reverteu a categoria para de uso sustentável, uma RESEX.
A comunidade é muito bonitinha e olha passar umas férias ali é uma boa pedida. Só que os jacarés...
O jacaré era dono do lago, entrou em perigo de extinção e reina soberano de novo no lago do Cuniã. Os/as moradores/as com o ICMBio stão se roganzndo para manejar o jacaré e estão preparados para o primeiro abate no ano que vem.
Conheci lideranças maravilhosas, bem conscientes de seu papel na melhoria das condiçoes de vida das comunidades e na conservação dos recursos naturais da RESEX. estão discutindo o manejo da castanha, além do jacaré e vislumbram outras possibilidades. Coisa boa: são lideranças jovens.
Uma coisa interessante é a experiência de gestão integrada entre as RESEX do Lago Cuniã, a ESEC Cuniã e a FLONA do Jacundá. Encontrei uma equipe do ICMBio jovem ainda, mas com boa experiência acumulada no confronto com uma realidade tão complexa como é a de Rondônia.
Uniram esforços financeiros e pessoal formando a Gestão Integrada Cuniã-Jacundá em 2005 por iniciativa dos gestores locais, com o intuito de viabilizar o desenvolvimento de atividades comuns, maximizando ações institucionais, favorecendo e consolidando a relação com as comunidades locais. A formação dos conselhos gestores, a instalação do Programa de Pesquisa em Biodiversidade-PPBio na ESEC de Cuniã, a ampliação da ESEC Cuniã e o projeto de ampliação da RESEX Cuniã, a formação e a contratação de 21 brigadistas do PREVFOGO, além do apoio a projetos de geração de renda na RESEX Cuniã, como o Projeto de Manejo do Jacaré, Projeto Estatística Pesqueira Comunitária/Manejo do Pirarucu, Projeto Agroindústria de Açaí no Rio Madeira, dentre outros. A formação da GICJ possibilitou a obtenção de resultados efetivos e um maior grau de satisfação da equipe com ampliação das ações e a implantação de um processo contínuo de avaliação e melhoria do gerenciamento das unidades

Está dando certo sim, sob certos aspectos - integrou a gestão, o conselho é unificado, os problemas são partilhados, os conselheiros se remetem tempo todo à gestão inegrada. Não tá? So pra burocra do ICMBio em Brasilia. Foda.

De taxi.....rabeta....de novo

Esperando....


...duas horas depois de sairmos de S. Crlos, sperando na beira do igarapé. Falando besteira, contando piada, bebendo água e descansando. Que vida dura.

A trilha

A trilha segue desde S. carlos duas horas adentro da floresta até a beira dum igarapé onde o povo do Cuniã nos pegou de rabeta.
Essa caminhada meio atrapalhada pela lama chamou atenção. No entorno e entrando na UC, a derrurada para o "Luz Para Todos". Pra passar um poste, mais de 15 metros de derrubada, abrindo uma estrada na mata.
Mas uma boa caminhada com seus altos e baixos numa parte de mata sob pressão mas ainda preservada pela RESEX.
A RESEX do Lago Cuniã tem um imeso potencial eco-turístico.

São Carlos


Uma comunidade com cerca de 600 moradores, entorno da RESEX do Cuniã.
será uma das comunidades atingidas pelas hidreletricas do Madeira. Ha lideranças do MAB na comunidade e elas manifestam as apreensões e dúvidas com o tipo de progresso que chegou até S. Carlos. Segundo eles, a vazão do rio Madeira vai ser como na época da seca mesmo na estação chuvosa. Seu modo de vida ribeirinho deve ser desmontado, o que fzer da vida a comunidade não sabe. As promessas do consorcio construtor foram enormes. Por enquanto ele se satisfaz em percorrer as comunidades fazendo pequenas intervenções pontuais a titulo de "mitigação".

S. Carlos é entorno da RESEX, sua área já é bem urbanizada o que significa maior pressão de entorno sobre aquela unidade. Não há muita intervenção na comunidade a não ser ações dos/as companheiros/as do NAPRA (Núcleo de apoio ás comunidades ribeirinhas da Amazonia). Política pública nada. Mas potencial é claro, muito potencial.

A maratona


Quem quer conforto não saia de casa, pelo menos comigo não ande!
Saímos de Proto Velho com os/as companheiros/as do ICMBio, pegamos hora e meia de estrada.
Daí chegamos na boca do Jamari, onde este rio se encontra com o Madeira e atravessamos de taxi-rabeta até a comunidade de S. Carlos.

RESEX Cuniã


A RESEX Cuniã está localizda em Rondônia, cerca de 4 horas de Porto Velho.
A Amazonia é engraçada. Tudo nela é grande. Então é onde eu vi a destruição mais dantesca, mas as belezas mas imensas. Ai no que tange a beleza e destrição, penso que já havia visto tudo mas de repente. Que beleza, a beleza se renova.
É essa sensação que eu tive no Cuniã, onde estive agora em novembr.