


As fotos agradeço ao Paulo do IDAM
O objetivo deste blogger e compartilhar a beleza deste país - de seu povo, de seus problemas, de suas soluções, de suas paisagens. É um espaço de auto-questionamento, de partilha de muitas andanças. de viajar comigo - efetivamente e viajar na maionese - mas sempre de aprender com aquele que vai ter a direção da barca. Cariú é uma palavra indigena. Malungo uma palavra africana. Ambas querem dizer: irmão, amigo, companheiro, meu parente
No garimpo, aous poucos vai se montando toda uma infra-estrutura necessária à atividade: supermercados, cabanas cobertas com plástico e amarrado às árvores.. Também putas, cantinas, pequenos restaurantes, mesa de sinuca. A sujeira é tremenda. Imaginem 4 mil pessoas fazendo suas necessidades no meio do mato. O garimpeiro é um tipo humano ainda pouco conhecido, nas cidades grandes entram no rol dos tipos brasileiros lendários. Conheci dezenas. Aventureiros, donos do seu nariz, esforçados e trabalhadores. Um conhecido garimpava na Guiana com lama pelo peito. Outro, andou tres dias pela floresta fechada atrás dum garimpo no Pará. Já outro havia garimpado mais de 4 quilos de ouro numa semana até que a polícia invadiu o garimpo e roubou o ouro de todo mundo sob ameaça de morte. No Mato Grosso ser garimpeiro é sinônimo de ser desordeiro: "teve festa na comunidade mas teve briga porque tinha muito garimpeiro".
Na foto aí de cima podemos ver a grota...
“O garimpeiro chega em qualquer lugar”, nos disse uma amiga ainda em Porto Velho. Com efeito ela, trabalhando com indígenas tem testemunhado diversas terras pertencentes a estes povos sendo invadidas por garimpeiros e alvo da ambição dos grileiros. Geralmente os garimpeiros são a bucha-de-canhão da ação dos predarores mais organizados. Em Apuí havi sido descoberto um garimpo. Quando cheguei em casa lá estavam 2 paginas n´”O Globo” sobre o “Eldorado da Amazônia” ou “Eldorado do Juma”. Para se chegar lá, pega-se uma estrada de uns 60 quilômetros. Depois voadeiras nu autêntico "ponto de ônibus" para o garimpo.
Esta foto ai de baixo e paradigmática da ocupação predatória da amazônia. Lá está a floresta com sua majestade. Aí o “progresso” traz a estrada que facilita a ocupação humana. No rastro vem o madeireiro que preda a floresta de espécies de madeira com valor comercial. em conluio com este está o grileiro de terras públicas que esquenta terras do governo para fazendeiros. Após o madeireiro tirar a madeira, o fazendeiro “broca” (derruba a floresta) e a queima. Planta pasto, põe o boi. Se tem população na área? Isso é o de menos. É só expulsa-la.