domingo, 24 de maio de 2009

Em Apuí, alguma luz

Estive também em Apuí (antes mesmo de Novo Ariupuanã).
Estava com meu companheiro Doney. Fizemos contatos com nossos parceiros/as pactuamos uma agenda pequena. Ali a situação é complicada, mas depois explico porque.
Mas quero falar sobre a cooperativa CEFFAP, formada apor trabalhadores de uma serraria que, diante de seu colapso, arrendaram-na dos seus antigos donos, na linha de uma empresa recuperada tão comuns no âmbito da eocnomia solidária. Sendo uma cooperativa, é autogestionária. Suas lideranças são afiadas, a base social de onde vieram estas lideranças é a Igreja progressista e a CPT, seu presidente é um maranhense chamado Tonhão. Seu desafio é não cair na ilegalizadade da mixórdia que é feita em Apui quase todo, um dos locais onde a exploração ilegal da madeira grassa impunemente, fazendo do município um dos mais desmatados do sul do Amazonas.
Mas a CEFFAP tem perspectivas boas, sendo das mais promissoras é a possibilidade de articulação com os PAES existentes na região para manejo florestal comunitario, num modelo onde estes trabalhadores/as fazem o manejo de uma floresta de uma comunidade num termao de parceria realmente honesta e vantajosa para ambas as partes, via a recepção da madeira manejada pela comunidade. Enfim, ali encontramos uma convergência interessante: uma cooperativa, um PAE (Aripuanã-Guariba) disposto a discutir alterantivas econômicas sustentáveis, lideranças convictas da necessidade de gerar renda com floresta em pé. Creio que esta perspectiva tão presente em Apuí se conecta com a discussão de manejo florestal comunitário que está sendo levantada no restante da região.

Algo novo em Novo Aripuanã


Oi pessoal
estive recentemente em Novo Ariupanã, dando auxílio a Manuel Amaral e Joedson. Manuel, pra quem não conhece, é uma figuraça das que mais sacam de manejo florestal comunitário na Amazônia. Era este o teor do debate: manejo florestal comunitário em Novo Aripuanã e Manicoré, municipios vizinhos. O MFC consta do bom manejo dos recursos florestais feito pelas próprias comunidades detentoras das florestas. Na Amazônia, há alguns milhares de hectares manejados pelas comunidades.
Participaram da oficina as RDS do
Na foto o encontro do rio Aripuanã com o Madeira

Juma e Rio Madeira a comunidade de Estrada NAPP-01/Rio Araras (todas de Novo Aripuanã), a RESEX de Capanã Grande, o Projeto de Assentamento Agroextrativista Jenipapo e a RDS Rio Amapá (Manicoré).
Formou-se o embrião de uma rede de comunidades organizadas que querem manejar suas florestas e, dando certo a ação, a reprecussão disso no plano microrregional e regional será imensa. Primeiro, um municipio começará a comercializar madeira manejada sistematicamente com consequencias econômicas para todo o município; tal madeira será legal, atraindo comp´radores de madeira legalizada e manejada com resultados importantes numa região onde 90% da madeira é ilegal. Sendo esperto o poder público local (um vereador participou de parte das atividades e o subsecretário de produção do final), temos aí uma potencial concertação transformadora e paradigmatica para a conservação da biodiversidade.
Várias lebres foram levantadas nestes dois dias: a necessidade de fortalecer a organização das comunidades, d einvetsir na capacitação e na qualificação do debate por parte das liderabnças, a necessidade de envolver o Estado nessa conversa etc. Potencial nessa história toda temos a formação de uma rede de comunidades manejadoras no sul do Amazonas num autêntico distrito florestal comunitário coordenado por estas organizações. Logo seguiremos para outros municipios do sul do Amazonas com a mesma discussão, provavel que Lábrea-Canutama onde há presença de UCs estaduais, com o objetivo de montar essa rede e ir discutindo com o governo do estado do Amazonas.
O barco está na água, as perspectivas são boas, as expectativas também, s[ó o tempo vai dizer.