terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Os resistentes


No tocante a conservação, assentados e sinonimo de desmatador.
mas acho que eles são resistentes. Atire a primeira pedra o preservacionista que, no mato não entraria no desespero da sobrevivencia.
Eles/as tem responsabilidade? Claro 18% do desmatamento da Amazonia o que é muito.
Mas eles também são a esperança.

Sabem uma queixa unânime? Assistencia tecnica.
Sabem o que é quase unanime: querem diversisifcar.
Sabem o nome disso? Oportunidade.
E sabem o que sou: um idiota pessimista que teima em ver o que quase nnguem vê: gente pequena em lugares pequenos fazendo coisas pequenas e mudando o mundo.

Na foto, a reuniao de Sudoeste.

Os/as assentados/as


Milhares de familias fora pro sul do Pará atras duma terrinha.
Viram os que se fizeram tubarões e os tubarões já formados. Assim, probres e grileiros se bateram nas terras do sul e sudeste daquele estado.
Muitos foram assentados pelo INCRA, muitos eram posseiros que, via assentamentos, foram "protegidos" pelo Estado.
Mas o abandono destas comunidades é enorme. Porque o gado vicejou na região? porque tanto gado em área de assentamento?
Vários depoimentos colhidos pela equipe do IIEB dão conta de que, uma vez assentados, estas famílias foram abandonadas pelo Estado. Foram para a terra para plantarem alimento.
No começo plantaram. Mas e cadê o "comércio"? Ou seja, para comercializar aonde? Imaginem uma comunidade há 130 km da sede municipal há 20 anos atrás? A estrada hoje é precária e ha décadas? Abandonados, passando necessidade, o gado surgiu como alternativa, porque o boi vai a qualquer lugar, basta tanger a boiada pela picada. O atravessador com seus caminhões bem trucados também.

Neste país em que virou moda culpar os pobres por tudo - pelo desmatamento, pelas enchentes e desabamentos nas cidades, é preciso que se diga que o gado naquela época surgiu como alternativa econômica em assentamentos abandonados pelo Estado. Acresce que as politicas públicas e financiamentos era direcionados para....gado. Varias vezes os/as assentados/as disseram: a gente que financiamento pra fazer "cultura de planta". E o estado disse: que nada o negocio é gado. E tome pauta de exportação de carne. E tome gado. e tome latifundio. E tome casa grande e senzala.

Na foto a comunidade de Sudoeste (reparem no tamanho).

Valeu companheiro ECOBRITA


Obrigado pelo seu comentario.
E digo mais.
Consumo consciente tem papel importante na conservação. Nesta mesma região sul do Pará, o Ministerio público federal articulou o embargo do gado do desmatamento, sabe como? Ofinciando os grande supermercados tipo Carrefour e Pão de Açúcar para não comprar a carne de lá. E sabe? Eles suspenderam a compra. Agora, depois de um termo de ajustamento de conduta, as propriedades rurais são obrigadas a fazer seu Cadastro Ambiental Rural e só estas é que poderão vender o gado.
Problemas? Milhares, por exemplo a regularização fundiária numa região paraiso da grilagem.
Mas vamos que vamos.
Ja pensou se o cidadao singular selecionasse o que comer?

Ah camarada falando de problemas. esta area bem florestada ai e a terra indigena Trincheira Bacaja dos índios Apiterewa (se não me falha a memoria). Ta vendo a mancha de desmatamento à esquerda. Fazenda avançando.

Tens que ver ECOBRITA o contraste viando sobre fazendas e à esquerda aquele paredão ainda verde da terra indigena,