segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A figuraça....


... Paulo Vieira, engenheiro florestal e poeta.

Mas.....


...o que estavamos fazendo lá?
Eu estava acompanhando companheiro Paulo Vieira em uma oficina de Manjo Florestal Comunitário junto aos/ás comunitários/as da RESEX do Lago Cuniã. Mais uma rodada de discussões sobre estq que é uma temática emergente na região e que o IIEB está articulando. Foram dois dias de oficina bem participada e bastante interessante onde pudemos aprender muito sobre o modo de vida e interação com a floresta daquele povo.
Foi bastante interessante e fiquei bem entusiasmado com as possibilidades que se desenham com as populações tradicionais daquela região.

No lago do Cuniã


Pois é....
A comunidade de Cuniã é uma das que compõem a RESEX do Lago do Cuniã. Criada há dez anos, a UC criada era de proteção integral, sendo que a uta dos/as moradores/as reverteu a categoria para de uso sustentável, uma RESEX.
A comunidade é muito bonitinha e olha passar umas férias ali é uma boa pedida. Só que os jacarés...
O jacaré era dono do lago, entrou em perigo de extinção e reina soberano de novo no lago do Cuniã. Os/as moradores/as com o ICMBio stão se roganzndo para manejar o jacaré e estão preparados para o primeiro abate no ano que vem.
Conheci lideranças maravilhosas, bem conscientes de seu papel na melhoria das condiçoes de vida das comunidades e na conservação dos recursos naturais da RESEX. estão discutindo o manejo da castanha, além do jacaré e vislumbram outras possibilidades. Coisa boa: são lideranças jovens.
Uma coisa interessante é a experiência de gestão integrada entre as RESEX do Lago Cuniã, a ESEC Cuniã e a FLONA do Jacundá. Encontrei uma equipe do ICMBio jovem ainda, mas com boa experiência acumulada no confronto com uma realidade tão complexa como é a de Rondônia.
Uniram esforços financeiros e pessoal formando a Gestão Integrada Cuniã-Jacundá em 2005 por iniciativa dos gestores locais, com o intuito de viabilizar o desenvolvimento de atividades comuns, maximizando ações institucionais, favorecendo e consolidando a relação com as comunidades locais. A formação dos conselhos gestores, a instalação do Programa de Pesquisa em Biodiversidade-PPBio na ESEC de Cuniã, a ampliação da ESEC Cuniã e o projeto de ampliação da RESEX Cuniã, a formação e a contratação de 21 brigadistas do PREVFOGO, além do apoio a projetos de geração de renda na RESEX Cuniã, como o Projeto de Manejo do Jacaré, Projeto Estatística Pesqueira Comunitária/Manejo do Pirarucu, Projeto Agroindústria de Açaí no Rio Madeira, dentre outros. A formação da GICJ possibilitou a obtenção de resultados efetivos e um maior grau de satisfação da equipe com ampliação das ações e a implantação de um processo contínuo de avaliação e melhoria do gerenciamento das unidades

Está dando certo sim, sob certos aspectos - integrou a gestão, o conselho é unificado, os problemas são partilhados, os conselheiros se remetem tempo todo à gestão inegrada. Não tá? So pra burocra do ICMBio em Brasilia. Foda.

De taxi.....rabeta....de novo

Esperando....


...duas horas depois de sairmos de S. Crlos, sperando na beira do igarapé. Falando besteira, contando piada, bebendo água e descansando. Que vida dura.

A trilha

A trilha segue desde S. carlos duas horas adentro da floresta até a beira dum igarapé onde o povo do Cuniã nos pegou de rabeta.
Essa caminhada meio atrapalhada pela lama chamou atenção. No entorno e entrando na UC, a derrurada para o "Luz Para Todos". Pra passar um poste, mais de 15 metros de derrubada, abrindo uma estrada na mata.
Mas uma boa caminhada com seus altos e baixos numa parte de mata sob pressão mas ainda preservada pela RESEX.
A RESEX do Lago Cuniã tem um imeso potencial eco-turístico.

São Carlos


Uma comunidade com cerca de 600 moradores, entorno da RESEX do Cuniã.
será uma das comunidades atingidas pelas hidreletricas do Madeira. Ha lideranças do MAB na comunidade e elas manifestam as apreensões e dúvidas com o tipo de progresso que chegou até S. Carlos. Segundo eles, a vazão do rio Madeira vai ser como na época da seca mesmo na estação chuvosa. Seu modo de vida ribeirinho deve ser desmontado, o que fzer da vida a comunidade não sabe. As promessas do consorcio construtor foram enormes. Por enquanto ele se satisfaz em percorrer as comunidades fazendo pequenas intervenções pontuais a titulo de "mitigação".

S. Carlos é entorno da RESEX, sua área já é bem urbanizada o que significa maior pressão de entorno sobre aquela unidade. Não há muita intervenção na comunidade a não ser ações dos/as companheiros/as do NAPRA (Núcleo de apoio ás comunidades ribeirinhas da Amazonia). Política pública nada. Mas potencial é claro, muito potencial.

A maratona


Quem quer conforto não saia de casa, pelo menos comigo não ande!
Saímos de Proto Velho com os/as companheiros/as do ICMBio, pegamos hora e meia de estrada.
Daí chegamos na boca do Jamari, onde este rio se encontra com o Madeira e atravessamos de taxi-rabeta até a comunidade de S. Carlos.

RESEX Cuniã


A RESEX Cuniã está localizda em Rondônia, cerca de 4 horas de Porto Velho.
A Amazonia é engraçada. Tudo nela é grande. Então é onde eu vi a destruição mais dantesca, mas as belezas mas imensas. Ai no que tange a beleza e destrição, penso que já havia visto tudo mas de repente. Que beleza, a beleza se renova.
É essa sensação que eu tive no Cuniã, onde estive agora em novembr.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Apui derrubada


Exataente hoje, cheguei de Apui onde fui com Doney de nossa equie de Humaitá. Fomos a comunidades, conversamos com lideranças e aprendemos muito da historia daquele municipio.
Situado no sul do Amazonas, está encravada no projeto de assentamento Juma, mais um desses desastres sociais e ambientais patrocinados pelo INCRA que jogam lama na Reforma Agrária.
"Quando isso aqu tinha gente em todas essas vicinais morava gente. Em cara lote tinha uma casa, uma família", dizia Tonhão.
"Hoje eu tenho um viznho aqui e outro lá longe, mas sabe que até acho que tenho muito vizinho? (conta) Uns cinco", dizia seu Roberto.
Quando do assentamento, brasileiros vonos de todos os lugares foram se assentar em Apuí. Vieram muitos pobres. E vieram os poucos mas poderosos oportunistas.
"Todo mundo planatava café, madioca, milho, tudo tudo...Mas vender aonde? Onde escoar essa produção toda? Pois veja que aqui a mandioca apodreceu na terra, era aquele fedor", nos dizia dona Maria, esposa de seu Roberto.
"Aí o povo foi ficando abandonado ai pornto. Veio a malária, a doença e todo mundo começou a fugir do assentamento. No patrio da igreja, na praça da cidade estavam as famílias lá jogadas, todos doentes sem poder morar no assentamento e sem ter onde morar na cidade. Eram tantas famílias que nós pedimos a prefeitura pra eles fcarem no campo de rodeio, mas o prefeito não deixou". A cidade inchou e pipocaram as ocupações urbanas promovidas pelos assentados agora novamente sem-terra.
"Aí os fazendeiros foram comprando tudo, o 'pessoal' vendia os lotes baratinhos porque não tinham mais condições de morar na terra". Um processo brutal de concentração fundiária teve lugar e a maior parte do assentamento Juma transformou-se em fazendas. Os pobres ficaram no fim-da-linha, no fudo das vicnais, sobrevivendo com o maior sacrificio, produzindo pouco, na linha de equilíbrio precário.
Apuí foi a 5a. cidade que mais queimou na Amazonia segundo o ultimo levantamento do IMAZON, uma com os mais serios problemas ambientais, pasto de derrubadas, latifundios de queimadas.
Situada em área sensível, com riquíssima biodiversidade, no entorno de um mosaico de unidades de conservação em acelerado processo de grilagem, Apui sintetiza todos os problemas e todas as potencialidades da Amazônia.

Os atingidos pelo "progresso"

Os atingidos pelo “progresso” acelerado

Josinaldo Aleixo*

Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul, é um dos maiores produtores de cana-de-açúcar para etanol daquele estado e, até antes da crise, uma usina ali instalada receberia um investimento público de mais de R$ 600 milhões.

A Brenco, um dos gigantes do setor de etanol com empreendimentos localizados no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, se gaba da geração de empregos e responsabilidade social corporativa. Recebeu, entre o final de 2008 e começos de 2009, financiamentos públicos que somaram mais de R$ 1 bilhão para se expandir no setor sucroalcooleiro.

O distrito industrial de Barcarena, Pará, tem como carros-chefe sete mega-indústrias do setor minero-metalúrgico, sendo o maior complexo da América Latina no beneficiamento de alumina e produção de alumínio. Sua instalação gradativa modificou completamente a paisagem regional, tornando aquele município, há 40 km de Belém, o segundo PIB e a segunda arrecadação do estado do Pará. Suas sucessivas expansões receberam financiamento público.

Altamira, Pará, beira do rio Xingu. É ali que o governo federal quer construir a usina hidrelétrica de Belo Monte. Com o objetivo de gerar cerca de 11 mil kW de energia, a UHE de Belo Monte é uma das joias da coroa do modelo energético brasileiro, tida como a “redenção” do problema da falta de energia para impulsionar o progresso do país.

Nos projetos da Eletronorte, Belo Monte irá gerar milhares de empregos, tornando-se um pólo de desenvolvimento para aquela região do Xingu. Belo Monte contará com dinheiro público – no total, seu custo será, segundo a Eletronorte, de US$ 3,7 bilhões. Estanho porque o custo internacional da energia é de cerca de US$ 1 bilhão por kW instalado, o que daria US$ 11 bilhões.

Com a fusão da Aracruz Celulose e da Votorantim Papel e Celulose, criou-se a maior “papeleira” da América Latina, uma das maiores do mundo. O Brasil é um dos maiores produtores de celulose do mundo devido às extensas plantações de eucalipto financiadas em grande parte com dinheiro público – R$ 5,4 bilhão. Paradoxalmente, a crise beneficiou as “papeleiras” brasileiras, agraciadas com o deslocamento da produção do hemisfério norte para o sul em vistas das condições para lucratividade do capital.

O outro lado do desenvolvimento

No dia 15 de setembro, a aldeia Guarani Kaiowá Laranjeira-Ñanderu, cujos habitantes foram expulsos por ordem judicial, foi queimada até as cinzas na mesma Rio Brilhante, como uma das ameças ao desenvolvimento na região centro-oeste.

Acampados na beira da estrada BR-163, indígenas viram suas casas queimarem e ainda aturaram os terroristas da milícia incendiária a mando dos fazendeiros modernos da região passarem a noite atirando para o alto, rondando o acampamento e jogando os faróis de milha de suas Hilux de luxo sobre as barracas.

A Brenco, em julho de 2009, estava na “lista suja” do trabalho escravo elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O MTE encontrou trabalhadores em situação degradante em Goiás e Mato Grosso. Em 2008, foram registrados 107 autos de infração por violações à legislação, tais como alojamento precário, falta de equipamentos de proteção e transporte irregular.

No dia 15 de abril passado, em Barcarena, ocorreu mais um – dos inúmeros – vazamento de material químico originado no distrito industrial instalado no município, atingindo dezenas de comunidades tradicionais às margens do rio Murucupi. Instalada às margens do rio Pará, a quantidade de água aduzida pelo complexo industrial do alumínio é estúpida – para cada quilo de alumínio, são necessários 100 mil litro de água.

O consumo de eletricidade é imenso e a usina hidrelétrica de Tucuruí foi construída para abastecer as indústrias de alumínio instaladas na região norte (Alunorte em Barcarena e Alumar em São Luis). A energia aí é altamente subsidiada -- Albrás paga US$ 22 por MWh, e Alumar, US$ 26, sendo que o custo de produção é de US$ 38 e US$ 40, respectivamente. Observem a ligação: Belo Monte e Barcarena, tudo a ver! Lembrem-se de Tucuruí.

A usina de Belo Monte causará o alagamento de mais de 100 km de florestas com altíssimo valor para a biodiversidade, inundará ainda vários bairros de Altamira – no total, os atingidos por Belo Monte somarão um montante de 25 mil pessoas. Serão construídas três barragens porque o rio Xingu não viabiliza o ano todo as cheias necessárias para que a usina opere em sua plena capacidade de geração. Todo esse prejuízo socioambiental é para continuar alimentando o complexo de Barcarena – vale ressaltar que é um dos setores mais energia-intensiva do capitalismo aquele produtor de alumínio.

O grosso do papel produzido no Brasil é exportado e as “papeleiras” são gigantes exportadores. A Mata Atlântica onde elas estão instaladas sofreu severos prejuízos -- foi substituída pelo “deserto verde”, grande consumidor de água, terra e florestas. Seus impactos são imensos: desertificação do clima, ressecamento e erosão do solo, diminuição da biodiversidade, super-especialização da atividade produtiva, transformações drásticas da paisagem, rebatimentos sobre os povos e comunidades tradicionais e sobre a agricultura familiar.

Todos os empreendimentos acima citados têm duas características em comum.

A primeira é que todos prometem o progresso – gerar emprego, aumentar o PIB municipal e estadual, prover as prefeituras de meios para aumentar a cidadania das populações. É esse oásis maravilhoso que é prometido ainda hoje em Altamira e região. E em Porto Velho. E no Amazonas. E no Rio Grande do Sul. E no Rio de Janeiro. Mas basta ir até Tucuruí ou às cidades no entorno dos desertos verdes da Votorantim, ou no Mato Grosso do Sul para vermos se isso aconteceu com sustentabilidade, ou seja, ao longo de grande lapso de tempo e com o mínimo – ou nenhum – impacto social ou ambiental. A medida são os pobres.

A segunda coisa é que os empreendimentos são financiados – em todo ou em parte -- pelo BNDES, o “banco do desenvolvimento”. É o braço do Estado brasileiro que, viabilizando fortemente o Capital, acredita estar beneficiando as regiões.

Atingidos pelo BNDES

O que está em questão aqui é o modelo de desenvolvimento implantado no país, um modelo dos anos 1950, disputado pelo PSDB e pelo PT, que gera um “boom” de virtudes em sua implantação para, em seguida, gerar um rosário de consequências indesejáveis e, cada vez, mais inadministráveis.

No meio, os atingidos pelo progresso – aquelas multidões de desalojados e frustrados, que se julgam órfãos do Estado brasileiro, gozadores apenas do soluço de “progresso” que chegou em sua cidade. Os atingidos pelo BNDES se encontrarão no Rio de Janeiro, em novembro próximo, para debater o modelo e suas consequências. Ali, será uma boa ocasião de o Brasil conhecer o Brasil.

Vamos ficar de olho no movimento dos “atingidos pelo BNDES”. Ele propõe uma novidade que é a de tematizar, diretamente, o modelo de financiamento do Estado brasileiro, um tema estruturante.

Geralmente, nossos movimentos sociais tematizam as consequencias do modelo, mas não as estratégias urdidas social e politicamente que o sustentam, desmascarando a lógica de um Estado que, ao contrário do que deseja o pessoal do Bom Dia Brasil, é faccioso e alimentador da desigualdade que promete combater.

*Sociólogo, consultor, militante da economia solidária.
Publicado em 25/09/2009.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

E Outubro ta chegando


E com Outubro o Cirio de Nazaré

Humaita - Assentamentos e descaso


Pois é,
estive em Humaita recentemente - agora em agosto, num evento apoiado por nós e organizado pela diocvese de lá. Mais de sete projetos de assentamenos agroextrativistas. Uma crise crônica cuja inteira responsabilidade é do INCRA. Ora, uma dos grandes problemas da região amazonica é a regilarização fundiária. A tal da "insegurança fundiária" de que gosta de falar este governo, é um drama para as populaçõs tradicionais, entreguies à sanha dos agentes do desmatamento. De uns anos pra cá, várias formas de regularização fundiária foram sendo conquistadas pelos movimentos sociais, as diversas modalidades de terra protegida, entre os quais os PAEs. Sem querer discutir o quanto os assentamentos feitos de forma social e ambiental irresponsavel, o fato é de que estas populações, no caso de Humaitá, estão entregues às baratas.
São abusos que afrontam é a declaração dos direitos humanos.
Um "servidor" disse a uma liderança que sua comunidade tinha sido "tirada" do PAE onde estava a pedido de "doutor Eduardo"; noutra feita, uma área de ricos castanhais ficaram de fora dum assentamento a perdio de um vereador.
Mas, enfim os PAEs estão s eorganizando e não estão mais dipostos a engolir qualquer coisa. mas o estado de desarticulação é imenso, os desafios são enormes. Mas o importante é que foi dado um passo. Grande e importante

As figuraças

Em Humaita tem umas figuraças tremendas.
As "irmãs" são figuraças.
Catarinenses. A decana é irmã Angélica, que está há nove anos em Humaita. No final do encontro ela nos disse: "nunca falhem com as comunidades. Eu estou aqui há nove anos e nunca falhei uma vez!"
Mó responsa

quarta-feira, 22 de julho de 2009

No Madeira


Este mês de julho foi intenso, passei 21 dias no sul do Amazonas.
Minha primeira estadia foi em Novo Aripuanã, onde o IIEB deu uma bola na fundação da associação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Madeira. Imensa assembléia com mais de 300 pessoas, trabalhosa que só. Importante a participação de companheiros do governo do estado, da fundação amazonia sustentavel etc etc. A caminhada que levou à fundação da associaççao começou em dezembro do ano passado e foi feita com honestidade e cuidado, com respeito pelas comunidades. Tudo ali foi discutido, desde o associativsmo até o estatuto da associação, numa metodologia que está sendo aos pucos amadurecida por nós.
Importante é a vontade das pessoas das comunidades que fazem parte da Reserva de mudar sua vida, se organizarem pra manejar seus recursos naturais. Lamentavel é o costumeiro séquito de políticos que querem lucrar com o esforço das comunidades - imaginem que eles usaram os bebeficios do INCRA como se fossem eles que estavam "dando"?

Alerta - Madeireiros invadem a TI Sete de Setembro

Nosso companheiro Aanerso Surui esta com um blog também.
Nos mandou esta mensagem abaixo com seu alerta.

"O nosso povo Paiter (Surui de Rondônia) vivem na Terra Indígena Sete de Setembro em Cacoal, Rondônia, Brasil, que é demarcada e homologada e possui uma área de 248.147 hectares. Estes estão durante muito tempo envolvidos com a retirada ilegal de madeira da terra indígena, devido algumas lideranças terem sido aliciadas por madeireiros, que os enganam com alguns recursos financeiros advindos do roubo de madeira da terra indígena. As vidas dos indígenas está sendo afetadas por ações de madeireiros para satisfazer sua ganância por mais dinheiro e poder. As terras indígenas quase não são fiscalizadas e os madeireiros inescrupulosos roubam a madeira com a tranqüilidade de quem tem a certeza de que não serão punidos. Os resultados são muito mais desmatamento, a floresta sendo arrancada pelos madeireiros. Os animais estão se refugiando por causa dos roncos das moto serras e dos caminhões de madeireiros. Neste ano de 2009, o cacique Joaquim Gasalab Surui da aldeia GABGIR, a maior aldeia desta terra indígena, foi ameaçado pelos madeireiros e pelos próprios parentes por impedir a retirada ilegal da madeira da reserva. Indígenas que querem tirar madeira ajudam os madeireiros a quebrar os portões de madrugada e assim entram, foi nesses atos que o cacique Gasalab Surui tentou impedir e onde foi ameaçado. Concientizado de que destruir a floresta trará prejuizos maiores a comunidade foi que levou a cacique a evitar e impedir esses ladrões. A ultima informação que ele tinha ouvido foi que um pastor da igreja Assembléia de Deus que é um militar e que o mesmo ajudou a construir uma igreja nessa aldeia, é que está por trás de influenciar os indios a não-parada de retirar madeira, dizendo se sabedor das fiscalização por ser militar, nessas conversas os indios acreditam e ajudam os madeireiros entrar escondidos na reserva. Chegou a hora da gente não acreditar mais em ninguem. Até os "pastores" se dizendo servo de Deus ajudam a desmatar terras indígenas. O cacique avisou aos madeireiros que extraem mogno e cerejeira e outros tipos de madeira devem se retirar ou então seriam denunciados à Polícia Federal. Então onde foi ameaçado, essas situações virou corriqueira no dia-a-dia. Precisamos acabar com esses destruidores e ajudar e mostar a esses que o planeta precisa de cada árvore em pé, e essa hoje é a luta do cacique Joaquim Gasalab Surui."

O endereço de seu blog e: http://www.uraansurui.blogspot.com/

domingo, 24 de maio de 2009

Em Apuí, alguma luz

Estive também em Apuí (antes mesmo de Novo Ariupuanã).
Estava com meu companheiro Doney. Fizemos contatos com nossos parceiros/as pactuamos uma agenda pequena. Ali a situação é complicada, mas depois explico porque.
Mas quero falar sobre a cooperativa CEFFAP, formada apor trabalhadores de uma serraria que, diante de seu colapso, arrendaram-na dos seus antigos donos, na linha de uma empresa recuperada tão comuns no âmbito da eocnomia solidária. Sendo uma cooperativa, é autogestionária. Suas lideranças são afiadas, a base social de onde vieram estas lideranças é a Igreja progressista e a CPT, seu presidente é um maranhense chamado Tonhão. Seu desafio é não cair na ilegalizadade da mixórdia que é feita em Apui quase todo, um dos locais onde a exploração ilegal da madeira grassa impunemente, fazendo do município um dos mais desmatados do sul do Amazonas.
Mas a CEFFAP tem perspectivas boas, sendo das mais promissoras é a possibilidade de articulação com os PAES existentes na região para manejo florestal comunitario, num modelo onde estes trabalhadores/as fazem o manejo de uma floresta de uma comunidade num termao de parceria realmente honesta e vantajosa para ambas as partes, via a recepção da madeira manejada pela comunidade. Enfim, ali encontramos uma convergência interessante: uma cooperativa, um PAE (Aripuanã-Guariba) disposto a discutir alterantivas econômicas sustentáveis, lideranças convictas da necessidade de gerar renda com floresta em pé. Creio que esta perspectiva tão presente em Apuí se conecta com a discussão de manejo florestal comunitário que está sendo levantada no restante da região.

Algo novo em Novo Aripuanã


Oi pessoal
estive recentemente em Novo Ariupanã, dando auxílio a Manuel Amaral e Joedson. Manuel, pra quem não conhece, é uma figuraça das que mais sacam de manejo florestal comunitário na Amazônia. Era este o teor do debate: manejo florestal comunitário em Novo Aripuanã e Manicoré, municipios vizinhos. O MFC consta do bom manejo dos recursos florestais feito pelas próprias comunidades detentoras das florestas. Na Amazônia, há alguns milhares de hectares manejados pelas comunidades.
Participaram da oficina as RDS do
Na foto o encontro do rio Aripuanã com o Madeira

Juma e Rio Madeira a comunidade de Estrada NAPP-01/Rio Araras (todas de Novo Aripuanã), a RESEX de Capanã Grande, o Projeto de Assentamento Agroextrativista Jenipapo e a RDS Rio Amapá (Manicoré).
Formou-se o embrião de uma rede de comunidades organizadas que querem manejar suas florestas e, dando certo a ação, a reprecussão disso no plano microrregional e regional será imensa. Primeiro, um municipio começará a comercializar madeira manejada sistematicamente com consequencias econômicas para todo o município; tal madeira será legal, atraindo comp´radores de madeira legalizada e manejada com resultados importantes numa região onde 90% da madeira é ilegal. Sendo esperto o poder público local (um vereador participou de parte das atividades e o subsecretário de produção do final), temos aí uma potencial concertação transformadora e paradigmatica para a conservação da biodiversidade.
Várias lebres foram levantadas nestes dois dias: a necessidade de fortalecer a organização das comunidades, d einvetsir na capacitação e na qualificação do debate por parte das liderabnças, a necessidade de envolver o Estado nessa conversa etc. Potencial nessa história toda temos a formação de uma rede de comunidades manejadoras no sul do Amazonas num autêntico distrito florestal comunitário coordenado por estas organizações. Logo seguiremos para outros municipios do sul do Amazonas com a mesma discussão, provavel que Lábrea-Canutama onde há presença de UCs estaduais, com o objetivo de montar essa rede e ir discutindo com o governo do estado do Amazonas.
O barco está na água, as perspectivas são boas, as expectativas também, s[ó o tempo vai dizer.

terça-feira, 17 de março de 2009

Humaitá

Estive novamnete em Humaitá.
O IIEB está implantando dois projetos além do que eu participao naquela cidade que são o Fronteiras Florestais e o Projeto Moore. Bastnte interessante, esta questão nos coloca desafios metodológicos terríveis e interessantes de serem enfrentados. Ali dá-se um violento conflito com a fronteira do desmatamento, deve ser encarada Humaitá como um campo de batalha que vai dleimitar o futuro da porção sul-amazonense da floresta amazônica.

Forum Social Mundial

Fui.
Não estava muito afim, mas devido a compromissos com os companheiros do IBASE do Rio de Janeiro, acabei indo.
Tumultuado demais. Mas interessante. Para onde vai? Estamos construindo um mundo novo? É possível. Também é possível que um mundo novo seja possível. Acho que o FSM é um espaço que deve ficar livre as infereências de governos, sejam quais foram. Achar que a esquerda em si é comprometida com a transformação é uma falácia, nem semproe isso acontece.
Esta dvisião se viu dentro do FSM onde figuras alinhadas com o governo Lula reclamaram de que o FSM estava apropriado por ONGs. Ridículo.
Mas vamos ver...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

MSN

rs
alguem perguntou meu msn
vitor_sorge@hotmail.com

Voltando à ativa - Respondendo a sr. Geraldo

Oi pessoal
desde dezembro não dou sinal de vida. Ressuscito quei pra o blog hoje. Nesse meio tempo andei um pouco por aí.
Confesso que não li alguns comentarios colocados a alguns posts daqui do blog. Meu filho hoje me chamou a atenção de um comentario a um post do meio do ano passado, colocado por sr. geral, provavelmente de Novo Aripuanã.
No meu post eu havia chamado a atenção sobre o abandono da cidade. O sr. geraldo me chamou de desinformado, reclamou que sou turista, entro no avião e vou embora. Apesar do lapso de tempo, me achei na obrigação de responder fraternalmente a seu Geraldo.
Bem há dez anos que ando pela Amazonia não como turista nem como infiltrado de "ongs estrangeiras" mas como parceiro incondicional de cidadãos e cidadãs que, como seu Geraldo, lutam por um Brasil e uma Amazônia melhor. Constatar que Novo Aripuanã tem problemas não depõe contra ela mas sim contra administradores do estado brasileiro que permitiram que uma cidade com um povo a mim tão querido chegasse a aquela situação de abandono.
Pode crer sr. Geraldo que como cidadão tenho dado minha contrinuiçao pelo desenvolvimento sustentavel de sua cidade - sempre junto com homens e mulheres de Novo Aripuanã. Tomara tenhamos a oportunidade de nos encontrarmos e trocar ideias sempre no respeito e na fraternidade. É so marcar seu Geraldo!